sábado, 31 de dezembro de 2016

Renegado à sorte

Cansado de uma amarga vida eu quis partir
De onde eu nasci e não tive sorte, quis ir pra longe
Fiz minha mala, juntei os trapos e minha pobreza
Sem ter certeza do meu caminho e chegar aonde

Peguei estrada, quis que o destino, então, me guiasse
Não era fácil deixar minha terra e algo pra trás
Até por que o meu sofrimento é o maior castigo
Deixar os amigos, a terra querida, a família e os pais

Viajei muito dias e noites com frio e fome
A sorte de um homem às vezes o abandona ainda no berço
O meu destino quem o traçou não era aprendiz
Sou infeliz e por ter nascido pago alto preço

Em altas horas da madrugada um dia cheguei
Desembarquei na grande Cidade a minha sorte
Mais uma vez só o destino me deu certeza
Que há pobreza pra todo lado, igual há no norte

Num viaduto junto com outros desfiz a mala
A voz se cala por um instante para pensar
Não sei se fico, voltar não posso, não sei se morro
Quero socorro, sou mais um pobre a mendigar

Me dê uma esmola em dinheiro ou em forma de pão
Irmão de Adão não tenho culpa se ele pecou
Se eu morrer meus irmãos e pais morrem no norte
Maldita sorte, mas amo Deus, o meu Criador

Autor: José Nogueira Lima
11/02/2013

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domingo, 25 de dezembro de 2016

Papai Noel

Eu chamo sempre e nunca vem
Vivo no mundo sem ninguém
A vida é assim; não sei por quê
Não tenho mamãe, não tenho papai
De onde vem, pra onde vai?
Papai Noel, quem é você?

Não tenho família e nem lar
Não tenho ninguém pra me amar
Queria eu ser um dos seus.
Por que minha vida é assim?
Papai Noel, traga pra mim
Eu já pedi, implorei a Deus

Papai Noel, por que eu não
Alguém tem tanto e vê minha mão
Sempre estendida e nada faz
Os meus brinquedos são droga e cola
Papai Noel, me dê uma escola
Casa, comida e meus pais

Alguém me diga quem eu sou
Não vim do ódio, vim do amor
Já fui prazer, quero carinho.
Por que eu vivo abandonado?
Onde estão os meus pecados?
Se for capaz, mostre o caminho

Só tenho o céu e o chão que piso
Me falta tudo que eu preciso
Sou maltratado como réu
Papai e mamãe que eu dei prazer
Neste natal eu quero ter.
Traga pra mim papai Noel!

Papai Noel, por que eu não
Alguém tem tanto e vê minha mão
Sempre estendida e nada faz
Os meus brinquedos são droga e cola
Papai Noel, me dê uma escola
Casa, comida e meus pais

Autor: José Nogueira Lima
17/03/2012

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Lágrimas de sangue

Olhem em meu rosto e verá que a tristeza está dentro de mim
É triste sim, mas meu coração só é mesmo infeliz
Por onde eu ando não vejo quem amo e só a dor me persegue
Estou quase entregue, brigando com a sorte e o destino que não quis

A felicidade que eu sempre busquei não encontro e choro
Às vezes, no colo dessa mesma dor que tento esquecer
As lágrimas de sangue, de ontem e de hoje e de amanhã, talvez
Foi meu Deus que fez a dor e a saudade e também você

Deus fez a vida e um coração de carne onde você mora
Os meus olhos que choram lágrimas de sangue e você não vê
Minha boca que chama e os braços vazios que não te alcançam
Fez a esperança e os sonhos bonitos que sonhei com você

Quem sabe amanhã, que será um novo dia, então, você virá
Quando o sol brilhar lá no céu e sentir no seu coração
A dor da saudade que me castiga e que me faz sofrer
Você irá saber os motivos das lágrimas de sangue. Paixão

Quando a gente ama não se esquece. Não esqueci, e não esqueço
Sabes que eu mereço mais que o seu amor e tudo que Deus fez
Quero ver o sol nascer, minhas lágrimas secarem se você voltar
Não canso de esperar, quero te abraçar e ser feliz outra vez

Autor: José Nogueira Lima
11/02/2013

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Última serenata

Não usa mais serenata
O romantismo acabou
Não se vê frases bonitas
Nem declarações de amor
Nem namoro na janela
Ou cartinhas enviadas
Ou alguém mandar flores
A sua pessoa amada

Porque os tempos passaram
Não há telegramas de amor
O saudoso violão também
Como eu chora de dor
Quantas vezes o sereno
Molhou meu rosto e suas cordas
As minhas palavras e minha voz
Que em sonho ainda te acordam

Acorda deste sono
Vem ouvir esta canção
Cantada com a minha voz
E o som do meu violão
A nostalgia te chama
A saudade me mata
Sonhei a noite inteira
Com a última serenata

Sinto muita saudade
Das noites enluaradas
Das lindas canções de amor
Nas belas madrugadas
Pela estrada a fora
Na poeira, muitas vezes
Escrevi o seu nome
Data do ano e do mês

Com lágrimas nos olhos
Abraçado ao meu violão
Que chorava junto ao peito
Ouvindo o meu coração
Tenho saudades da janela
E daquele luar de prata
De um passado que se foi
E de minhas lindas serenatas

Autor: José Nogueira Lima
08/01/2013

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domingo, 11 de dezembro de 2016

Jeitinho de flor

A rosa vermelha que um dia te dei
Colhi de um jardim que nunca plantei
Mesmo sem regar, ela desabrochou
Pra meu desespero
Não sou jardineiro
Pra regar o nosso amor

O orvalho da noite molhou minhas raízes
Floresceu no meu peito o amor que eu quis
Seja jardineira e venha agora regar
Esta linda flor
A regue com amor
E não deixe murchar

A flor e o perfume fazem parte da vida
Pra quem tem amor a estrada é florida
Por isso, eu quero com você caminhar
E caminharei
E também encontrarei
Um bonito lugar

Nos jardins desta vida eu vou repousar
E o perfume das flores eu vou inalar
Você é a flor que eu nunca plantei
Mas te colhi em meus braços
Entre beijos e abraços
Eu só te amei

Com o meu amor sempre vou te regar
Não sou jardineiro, mas sei te amar
Tudo que eu tenho, junto a mim e lhe dou
Junto tudo aos seus pés
Minha linda mulher
Com jeitinho de flor

Autor: José Nogueira Lima
31/12/2012

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sábado, 3 de dezembro de 2016

Renegado à sorte

Cansado de uma amarga vida eu quis partir
De onde eu nasci e não tive sorte, quis ir pra longe
Fiz minha mala, juntei os trapos e minha pobreza
Sem ter certeza do meu caminho e chegar aonde

Peguei estrada, quis que o destino, então, me guiasse
Não era fácil deixar minha terra e algo pra trás
Até por que o meu sofrimento é o maior castigo
Deixar os amigos, a terra querida, a família e os pais

Viajei muito dias e noites com frio e fome
A sorte de um homem às vezes o abandona ainda no berço
O meu destino quem o traçou não era aprendiz
Sou infeliz e por ter nascido pago alto preço

Em altas horas da madrugada um dia cheguei
Desembarquei na grande Cidade a minha sorte
Mais uma vez só o destino me deu certeza
Que há pobreza pra todo lado, igual há no norte

Num viaduto junto com outros desfiz a mala
A voz se cala por um instante para pensar
Não sei se fico, voltar não posso, não sei se morro
Quero socorro, sou mais um pobre a mendigar

Me dê uma esmola em dinheiro ou em forma de pão
Irmão de Adão não tenho culpa se ele pecou
Se eu morrer meus irmãos e pais morrem no norte
Maldita sorte, mas amo Deus, o meu Criador

Autor: José Nogueira Lima
11/02/2013

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Abraço de amigos

Amigos a gente faz
Nas mais difíceis horas
Não quando sorri
Sim quando a gente chora
O dinheiro não compra
O bom amigo não se vende
Mas a gente só descobre
Quando está no chão se aprende

Esta é a escola da vida
Onde eu fui formado
Fui aluno, sou professor
Muito bem diplomado
Junto a muitos outros
Que se formaram comigo
Aprenderam como eu
São meus verdadeiros amigos

Amigos; não se compra
Quem é amigo não se vende
Quem não cursa essa escola
Não tem jeito, não aprende
Foi assim que eu aprendi
Cantem esse refrão comigo
Abram os braços e se abracem
Num abraço de amigos

Amigos são essenciais
Onde quer que a gente vá
Quero deixar muitos deles
Por onde eu passar
Aqui no planeta Terra
Se for possível milhões
De amigos eu quero ter
E estar em seus corações

Como eu tenho no meu
De todos os amigos o mais fiel
A nos proteger na terra
E preparar pra nós no céu
Um lugar. E nas horas difíceis
A livrar-nos dos perigos
Dando para cada um de nós
Muitos e verdadeiros amigos

Autor: José Nogueira Lima
12/02/2013

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