domingo, 19 de janeiro de 2014

Locomotiva do País

São Paulo é o coração
O motor desta nação
O progresso do país
Tudo aqui não anda, voa
Já foi terra da garoa
Cadê meu povo feliz?

O azul ficou cinzento
São as cores do cimento
Onde meu olhar alcança
Tudo antes era tão perto
O futuro hoje é incerto
Já são poucas as esperanças

Vai levando meu país
Vai São Paulo que eu quis
Um dia te conhecer
Nos trilhos das ilusões
Atropela multidões
Ajuda um ou outro a vencer

Você é a locomotiva
O povo é a alma viva
Querendo ainda o progresso
Cada estado é uma estação
Exportador de ilusão
Mas hoje vê o regresso

Nesta terra de imigrantes
Chega gente a todo instante
Vindo de todos os lados
Na bagagem, as ilusões
Os povos de outras nações
Os nossos de outros estados

Tem gente do mundo inteiro
Correndo atrás do dinheiro
Muita pouca gente alcança
A locomotiva não para
E nessa eu perdi a mala
E com ela as esperanças

Vai levando meu país
Vai São Paulo que eu quis
Um dia te conhecer
Nos trilhos das ilusões
Atropela multidões
Ajuda um ou outro a vencer

Autor: José Nogueira Lima
30/03/2013

Música para gravação
letrarabiscada@gmail.com

Casa velha

Casa velha
No alto daquela serra
Na minha querida terra
No lugar em que eu nasci
Ali pertinho da nascente
Onde mora boa gente
No meu querido Ubari

Como é lindo
O verde que nasce lá
De onde a paz não quer mudar
E o meu coração ficou
Bate lento, compassado
Onde o céu é azulado
E o amor é mais amor

Das suas fontes
Nasce água que faz cascata
Dos meus olhos nasce e não mata
Muitas lágrimas por ti
Ali aonde eu bebi e quero beber
E, de novo, ver o sol nascer
No meu querido Ubari

Permita Deus
Ver de novo a passarada
Fazer lindas alvoradas
E se alegrarem com o novo dia
Onde é rica a natureza
Tudo lá é só beleza
Aqui tudo me judia

Se eu puder
Ver de novo o sol se por
Apagando, assim, minha dor
De novo irei nascer
Restaurar a casa velha
E ‘entrar pra dentro’ dela
Restaurando o meu viver

Parar o tempo
Recordar os antepassados
No lugar em que eu fui criado
Bater o pé e dizer: é aqui
Que eu nasci e quero morrer
Mas convido para viver
Comigo em Ubari

Autor: José Nogueira Lima
31/12/2012

Música para gravação
letrarabiscada@gmail.com

Liga pra mim

Liga pra mim
Meu amor, liga pra mim!
Tô doido, desesperado
Muito louco apaixonado
Por favor, liga pra mim

O DDD de quem se ama
Não se deve esquecer
Me ligue e fale de amor
Do meu peito tire esta dor
Ou de amor irei morrer

Não importa onde esteja
Por favor, venha me escutar
No rádio e televisão
Invadi o seu coração
Te pedindo pra ligar

Se acaso estiver dormindo
Alguém dê o recado meu
Tenho amor, tenho paixão
Também tenho um coração
Desesperado pelo seu

A distância não importa
Se quiser ligue a cobrar
Faça agora uma ligação
Pra salvar o meu coração
E dizer aonde está

Já faz tempo que eu não durmo
De saudade de você
Já não janto e nem almoço
Nem mais respirar eu posso
Eu acho que vou morrer

Autor: José Nogueira Lima
29/03/2013

Música para gravação
letrarabiscada@gmail.com

Jeitinho de flor

A rosa vermelha que um dia te dei
Colhi de um jardim que nunca plantei
Mesmo sem regar, ela desabrochou
Para meu desespero
Não sou jardineiro
Pra regar o nosso amor

O orvalho da noite molhou minhas raízes
Floresceu no meu peito o amor que eu quis
Seja jardineira e venha agora regar
Esta linda flor
A regue com amor
E não deixe murchar

A flor e o perfume fazem parte da vida
Pra quem tem amor a estrada é florida
Por isso, eu quero com você caminhar
E caminharei
E também encontrarei
Um bonito lugar

Nos jardins desta vida eu vou repousar
E o perfume das flores eu vou inalar
Você é a flor que eu nunca plantei
Mas te colhi em meus braços
Entre beijos e abraços
Eu só te amei

Com o meu amor sempre vou te regar
Não sou jardineiro, mas sei te amar
Tudo que eu tenho, junto a mim e lhe dou
Junto tudo aos seus pés
Minha linda mulher
Com jeitinho de flor

Autor: José Nogueira Lima
31/12/2012

Música para gravação
letrarabiscada@gmail.com

Copo de cerveja

Um copo de cerveja
Pode até ser
O começo de tudo
Na espuma eu vi
Bebendo não esqueci
Mudou e eu não mudo

Olha os meus olhos
A lacrimejarem
Molhando a mesa
Não dá pra secar
E não para de rolar
Lágrimas de tristeza

Meu rosto é o espelho
De dor e amargura
Por causa de alguém
Que em meu copo bebeu
Eu amo e me esqueceu
Chamo e nunca vem

Amor me escuta
Mesmo sem gritar
Meu amor te chama
Te quero nesta mesa
Bebendo cerveja
E me amando na cama

O copo a transbordar
Lágrimas a rolar
Me dão a certeza
Onde assenta a solidão
Já sentou a paixão
E ainda assenta a tristeza

Brindar o desprezo
Brindo com estranhos
Ou então com amigos
Mas morro de saudade
Da felicidade
Que brindei contigo

Nesta mesma mesa
Antes no passado
Tudo começou
Hoje aqui eu bebo
Sofrendo sem sossego
E sem o seu amor

Autor: José Nogueira Lima
12/02/2013

Música para gravação
letrarabiscada@gmail.com