sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Sala de espera

Estou carente, abandonado num canto
Sofrendo tanto, só aqui e ninguém me vê
Sou um inocente sem amor, condenado
Pago dobrado o que eu não fiz a você

Meu coração é mesmo uma sala de espera
Nem da janela ninguém procura me ver
Abri a porta de entrada, ninguém entra
A dor aumenta e eu continuo a sofrer

Nesta sala vazia
Eu sou o ser carente
A solidão malvada
Já dominou o ambiente
Eu preciso é de amor
Já tentei, não tem jeito
É uma sala de espera
O coração no meu peito

Já faz tempo que eu espero assim tão só
Ninguém tem dó e eu me pergunto por quê?
Cada veia no meu corpo é uma estrada
Sinalizada para a esquerda e ninguém vê

O sentido é obrigatório, o amor indica
O meu explica é sem obstáculo e sem cancela
O meu peito é uma casa maravilhosa
Das mais gostosas e o coração sala de espera

Autor: José Nogueira Lima
10/04/2013

letrarabiscada@gmail.com