Eu vivo de bobeira
Só fazendo besteira
Nos lugares em que eu vou
Tô andando fora de hora
Jogando conversa fora
Sem explicar quem sou
Não conheço a saudade
Mas a tal felicidade
Um dia esbarrei com ela
Ela esnobou e eu saí
Mesmo sem despedir
Acabei pulando a janela
Já falei muita mentira
Quem duvidar confira
Essa é a pura verdade
Já dei golpe do baú
Provoquei até sururu
Na minha pouca idade
Já levei chá de cadeira
E até balancei a roseira
Pra pôr a coisa no lugar
Eu dei nó em pingo d’água
Afoguei a minha magoa
Sorrindo pra não chorar
Se eu pecar, peço perdão
Ao vigário em confissão
Quando ele me atender
Vou falar do meu caminho
Sempre cheio de espinho
Querendo me aborrecer
Sigo aqui na contra mão
Atropelando a solidão
Na esperança de chegar
Esse é o caminho da sorte
Só espero que a morte
Não venha me atropelar
Autor: José Nogueira Lima
22/02/2013
Música para gravação
letrarabiscada@gmail.com
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