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sábado, 30 de julho de 2016
Sinuca de amor
Não acredito que me esqueceu
Que não chorou que não sofreu
E que a saudade não te machuca
Se sofre lá eu sofro aqui
Você perdeu mais do que eu perdi
O nosso amor é uma sinuca
Tentei saída, mas não deu certo
Você está longe, mas sempre perto
Nós somos juntos a bola da vez
Você jogou como eu joguei
Se apaixonou, me apaixonei
Vamos tentar a melhor de três
Sete palavras e uma sinuca
Com este jogo ninguém lucra
Eu não lucrei e você não lucrou
Saímos os dois derrotados
Infelizes, tão machucados
Dessa sinuca de amor
Se alguém ganhou, foi sem levar
Como eu perdi, estou a chorar
Pergunta ao meu coração
Você não ganhou, perdeu
Mas longe de mim sofreu
E eu quase morri de paixão
Perder no amor não me acostumo
Na minha vida você é o rumo
Mas temos só uma direção
Nosso caminho é o mesmo, eu sei
Amo muito mais que amei
Já consultei o meu coração
Consulte o seu também e me diga
Abra seu jogo e esqueça as brigas
Como eu já esqueci
Volte pra mim ou irá sofrer
Vamos juntar os jogos e vencer
Ou perderá mais do que eu perdi
Autor: José Nogueira Lima
12/02/2013
quinta-feira, 28 de julho de 2016
Coco verde
Coqueiro verde
Quem foi que te plantou?
Manda descer pra mim
Um coco bem verdinho
Pra dar água ao meu amor
No coco do coqueiral
Tem muita água pra beber
Pode matar a sua sede
No sabor de um coco verde
Que a minha mato em você
Coqueiro que dá o coco
Dá palmito e dá cocada
Também mata minha sede
Quando nele prendo a rede
Pelo amor da minha amada
No seu corpo mato o desejo
E na sua boca mato a sede
Como a água de um coco
O sabor me deixa louco
Quando deitamos na rede
Coco no coqueiral
Tem pra dar e pra vender
Cada coco que eu vejo
Mais aumenta o meu desejo
E a minha sede por você
Vou contar em cada coco
Cada beijo que lhe dou
Na rede você é cocada
Querendo ser saboreada
Com sabor de um grande amor
Autor: José Nogueira Lima
09/02/2013
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quarta-feira, 27 de julho de 2016
Bate coxa
Onde tiver baile eu vou
Se tiver mulher eu to
Dançando no escurinho
É gostoso o bate coxa
A vontade está roxa
De dançar agarradinho
Prende em cima e aperta embaixo
Sei que tem, mas eu não acho
É gostoso de doer
Esse jeito, esse gingado
Me deixa apaixonado
Quando eu danço com você
Bate coxa no escurinho
Não solta, é agarradinho
E deixa a fulana gemer
A sanfona está nos braços
O que pensar e quiser eu faço
Ela só quer o nosso prazer
Vai pra um lado e pra outro
O desejo está solto
Não posso mais segurar
Bate coxa à vontade
Vai explodir a felicidade
Se todo mundo dançar
No repique da sanfona
Rebola a solteirona
Acendendo a minha fogueira
Pro meu fogo é pouca lenha
Quem quiser dançar que venha
Bater coxa a noite inteira
Autor: José Nogueira Lima
08/02/2013
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terça-feira, 26 de julho de 2016
Tem dó
Tem dó, tem dó de mim
Toda noite eu acordo
De corpo suado
Sem estar ao meu lado
Eu imaginei
Não era você
Era só fantasia
Mas eu gostaria
De viver o que sonhei
Tem dó, tem dó de mim
Sem você o meu corpo
Deseja e te chama
O coração diz que ama
Vê se vem atender
Preciso de amor
Sexo e carinho
Mas eu estou sozinho
Aqui só, sem você
Tem dó, tem dó de mim
Do meu corpo e da alma
Que te quer e te deseja
E vive na peleja
Pra te conquistar
Você não entende
Ou parece não ver
Como é grande meu sofrer
E o desejo de te amar
Tem dó, tem dó de mim
Tá assim tudo meu
O que você imaginar
Liberdade pra pensar
Você tem, eu te dou
Liberta o coração
Que eu estou aqui
Só esperando por ti
Não demore chegar
Tem dó, tem dó de mim
A cama está fria
Os lençóis estão molhados
Eu aqui desprezado
Amando, mas só
Num grande abandono
De ter piedade
Morrendo de saudade
Você vê e não tem dó
Autor: José Nogueira Lima
07/02/2013
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segunda-feira, 25 de julho de 2016
Minha história
Minha mãe foi lavadeira
O meu pai um boia-fria
Meu irmão é doutor formado
Eu sou aquilo que eu mais queria
Um artista em qualquer palco
Cantando a música raiz
Como meus avôs gostavam
Falando deste País
Onde há peão na Cidade
No campo doutor formado
Tentando encontrar a sorte
Sem cair ou ser derrubado
Pelo destino que os levam
Os sonhos de uma nação
Sem perder suas montarias
Como eu perdi minha paixão
Sem saber qual o motivo
Se tem um, nunca explicou
Deus traça o caminho da gente
Traçou o meu sem esse amor
Vou em frente olhando pra trás
Em busca do que eu sempre quis
Esse amor me faz contar
Minha história para o País
Eu não sei por que o destino
Leva a gente pra onde quer
Igual o meu já fez comigo
Me tirando esta mulher
Depois de traçar o caminho
E fazer de mim o que quis
Quero voltar as minhas origens
Cantando no meu País
Autor: José Nogueira Lima
30/05/2013
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domingo, 24 de julho de 2016
Pelas mulheres
Pra ter mulher
Eu corro qualquer perigo
Desafio qualquer inimigo
Em qualquer situação
No escuro da estrada
Sem medo da madrugada
Pular cerca e muro é bão
Por uma delas
Já dei golpe de machado
Escapei de ser linchado
No fundo de um armário
Por amar quem outro ama
Já escondi embaixo da cama
Igual pinico de otário
Pelas mulheres
Deito tarde e acordo cedo
Já matei o medo de medo
E o vizinho de paixão
Seu juiz e delegado
Este amor não é roubado
São as mulheres que me dão
Por ser chegado
Eu já vi a coisa preta
Já vi um cano de escopeta
Encostado no ouvido
Já deixei calça e cueca
Já pulei igual perereca
Já corri igual bandido
Por todas elas
Não tenho medo da morte
Elas são a minha sorte
Não importa onde estão
Não tem macho que me para
Não tenho medo de bala
Nem de tiro de canhão
Para as mulheres
Sou um masculino eterno
Quando morre se for pro inferno
O capeta vai me expulsar
De medo de ser chifrudo
Ele sabe que eu não mudo
Não vai querer me mudar
Autor: José Nogueira Lima
08/04/2013
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sábado, 23 de julho de 2016
Rivais amigos
Um bate-papo entre amigos no bar
Uma cerveja nos copos a espumar
Molha as gargantas pra aliviar a dor
Aqui nesta mesa se fala é de amor
Eu falo de mim e de quem me deixou
O meu amigo, de quem o enganou
A gente bebe juntos até se embriagar
Pelo mesmo amor na mesa de um bar
Amigo, quantas vezes ela me jurou
Que em todo este mundo, era eu o seu amor
Nas horas mais lindas, naquele momento
Não pode ser mentira nem ser fingimento
Amigo eu também a mim ela juraste
Que aqui nesta terra ou em qualquer outra parte
Seria eu e ela e o nosso grande amor
Me traiu com você, foi embora e nos deixou
Garçom nos explica se você puder
Como pode dois homens alvo de uma mulher
Mas antes desse ato nos traga mais cerveja
Papel e caneta sem que ninguém veja
Garçom, por favor, seja o mensageiro
Diga a ela as tristezas e o nosso desespero
Guardião desta carta que deixo contigo
Assinada por nós, os dois rivais amigos
Autor: José Nogueira Lima
25/06/2013
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sexta-feira, 22 de julho de 2016
Passarinho
A saudade é um passarinho
Que voa aqui e voa lá
Seu lugar para pousar
Sempre é meu coração
Onde ele faz o seu ninho
Mesmo sem a gente querer
Ele fez em mim, por você
Sem nenhuma dó da paixão
Tenha dó de mim passarinho
Voa pra outro lugar
Suas asas são para voar
Qualquer distância eu sei
Você tem pena, mas de mim
Na verdade não tem dó
Aproveita de mim só
Por que alguém foi e eu fiquei
Passarinho você é a saudade
Dentro do meu coração
Lado a lado com a paixão
Essa que não sabe voar
Não tem asas e nem pena
Mas, tem lugar no meu peito
Passarinho toma jeito
E vá pousar em outro lugar
No coração do meu amor
Igual você faz no meu
Se esse alguém não me esqueceu
Traga com as asas e no bico
Um raminho de esperança
E ponha fim no meu sofrer
Passarinho sabe por que!
Como é a saudade e eu fico
Longe do meu amor
Como qualquer ser que ama
O destino faz suas tramas
E uma delas me pegou
Passarinho tenha pena
E voa bem alto no céu
Diga a Deus qual é o seu papel
E pra ele devolver o meu amor
Autor: José Nogueira Lima
08/02/2001
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quinta-feira, 21 de julho de 2016
O oposto de tudo
Tudo no mundo
Tem o seu oposto
Do mar é a terra
Da paz é a guerra
Do gosto é o desgosto
Tem a noite e o dia
A lua e o sol
A pobreza e a riqueza
A feiura e a beleza
O peixe e
o anzol
O homem e a mulher
O ódio e o amor
O certo e o errado
O perdão e o pecado
O prazer e a dor
A água e o fogo
O céu e o inferno
O mal e o bem
Quem vai e quem vem
O verão e o inverno
A verdade e a mentira
O sim e o não
A alegria e a tristeza
A dúvida e a certeza
A fome e o pão
O novo e o velho
O riso e o choro
O preto e o branco
O buraco e o barranco
A prata e o ouro
O pobre e o rico
O azar e a sorte
O grande e o pequeno
O remédio e o veneno
A vida e a morte
Autor: José Nogueira Lima
06/01/2013
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quarta-feira, 20 de julho de 2016
O culpado
Você não diz
Mas é infeliz
E eu sou o culpado
Já te vi chorando
As lágrimas rolando
E o lenço molhado
Promessas eu fiz
De fazer-te feliz
Com o meu amor
Mas não foi bastante
Não é como antes
E hoje sente dor
Dor de saudade
Da felicidade
Que eu nunca lhe dei
Foi pouco o que eu fiz
Pra te ver feliz
Desculpe-me eu sei
Agora eu farei
Muito mais do que eu sei
Porque merece
Vou lhe dar o que não dei
Amar mais que amei
Paixão ninguém esquece
Desculpe um culpado
Mas apaixonado
Que lhe tem amor
Dos erros do passado
Se eu for perdoado
Curo a sua dor
Dor de saudade
Da felicidade
Que eu nunca lhe dei
Foi pouco o que eu fiz
Pra te ver feliz
Desculpe-me eu sei
Autor: José Nogueira Lima
05/04/2013
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terça-feira, 19 de julho de 2016
Tô que tô
Onde você tá?
Venha, então, me encontrar
Porque eu tô que tô, que tô
Já liguei pra sua casa
E me queimo como brasa
Este fogo é amor
O meu fogo é de vulcão
Que incendiou o coração
E as palavras são amor
Pra também te incendiar
Diz baixinho que tá que tá
Que eu digo que tô que tô
Tô que tô, que tô
No meu corpo tem amor
Pra poder te entregar
Vem feliz dizendo assim
Seu amor traga pra mim
Dizendo que tá que tá
Eu só penso em você
Tô doidinho pra te ver
Você é aquilo meu
Motivo pra eu pecar
Razão pra eu confessar
Que eu sou aquilo seu
Que diria o coração
E também nosso colchão
E aquele cobertor
Que te viu na hora “H”
Mas nada pode falar
Você sabe o que falou
Autor: José Nogueira Lima
12/12/2012
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segunda-feira, 18 de julho de 2016
Contraste do viver
Vivo aqui hoje na grande capital
Onde o mal impera e faz a lei
Se mata, se rouba sem ter piedade
A felicidade de onde eu vim, eu deixei
Aqui o dinheiro se compra quase tudo
Até o absurdo de uma vida ter preço
Bandidos aqui se armam até os dentes
É bem diferente de onde eu vim e não esqueço
Nessa selva de pedra os grandes arranha-céus
Se cumpre o papel de riqueza e poder
Os pobres em favelas no beco da morte
Arriscando a sorte para sobreviver
É mendigos na rua pedindo esmolas
Crianças que imploram no sinal vermelho
Famintos sem pão e chorando de frio
Esse é o Brasil, para o nosso desespero
Lá no interior tem paz e céu azul
De norte a sul mora a felicidade
Desde criança pude ver estrelas
Caí na besteira de grande cidade
Lá tem luar e o sol bronzeia o rosto
A vida tem gosto e sabor o viver
Estou aqui, mas não tenho sossego
Será lá o aconchego quando eu morrer
Aqui se drogam menores sem lar
Na ilusão de buscar sua sobrevivência
Esse é o caminho com endereço do inferno
Culpado eterno é o Estado em falência
Muitas famílias vivem na miséria
Aqui a coisa é seria e não é como lá
O cantinho do nada de onde eu saí
Pra viver aqui, mas querendo voltar
Na periferia onde mora o povão
Vivem na contramão, sorte lá não passou
Não passa, mas tem no peito do migrante
Saudade fulminante de um bom interior
Por todos os lados têm fogo cruzado
São assassinados os sonhos de um povo
Heroico e bravo querem ordem e progresso
É isso que eu peço e pedirei de novo
Autor: José Nogueira Lima
09/02/2013
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domingo, 17 de julho de 2016
Jeitinho de flor
A rosa vermelha que um dia te dei
Colhi de um jardim que nunca plantei
Mesmo sem regar, ela desabrochou
Pra meu desespero
Não sou jardineiro
Pra regar o nosso amor
O orvalho da noite molhou minhas raízes
Floresceu no meu peito o amor que eu quis
Seja jardineira e venha agora regar
Esta linda flor
A regue com amor
E não deixe murchar
A flor e o perfume fazem parte da vida
Pra quem tem amor a estrada é florida
Por isso, eu quero com você caminhar
E caminharei
E também encontrarei
Um bonito lugar
Nos jardins desta vida eu vou repousar
E o perfume das flores eu vou inalar
Você é a flor que eu nunca plantei
Mas te colhi em meus braços
Entre beijos e abraços
Eu só te amei
Com o meu amor sempre vou te regar
Não sou jardineiro, mas sei te amar
Tudo que eu tenho, junto a mim e lhe dou
Junto tudo aos seus pés
Minha linda mulher
Com jeitinho de flor
Autor: José Nogueira Lima
31/12/2012
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sábado, 16 de julho de 2016
O fogo e a panela
Eu quero ver o fogo
Esquentar agora a panela
Explodir amor no peito
Quando eu estiver com ela
Já falei pro coração
Não dá mais pra esperar
Ela é tudo que eu preciso
Pra ver pipoca pular
Ela tem o que eu quero
E quer o que eu quero agora
Se estou dentro com tudo
Ela tem que estar por fora
A espiga vai inteirinha
Tem milho pra debulhar
Tenho fome de amor
E ela tem muito pra dar
O milho virou pipoca
Porque o fogo esquentou
Eu fiquei apaixonado
Porque ela me amou
Na panela o milho pula
Na hora de estourar
Ela pula nos meus braços
Na cama, em qualquer lugar
Eu não sei se ela é o fogo
A pipoca ou a panela
Quando nosso amor esquenta
Eu também pulo com ela
Igualzinho o milho estoura
Nós somos uma explosão
Nossa cama vai pros ares
Nosso amor rola no chão
Do milho a gente faz
Aquilo que mata a fome
Pipoca os desejos dela
E os meus ela consome
Ela é o fogo e a panela
Eu cheguei à conclusão
Na panela ponho a espiga
E debulho a minha paixão
Autor: José Nogueira Lima
31/12/2012
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sexta-feira, 15 de julho de 2016
Morango de carne
Minha vida em meu corpo, que só vive por você
Manda eu lhe dizer como é o meu coração
Um morango de carne cheio de vida no peito
Me deixa desse jeito entregue a essa paixão
Nessa terra fértil criou raízes, tronco e flores
Todos os outros amores, eu sei, perdem para o meu
O seu coração no peito é um morango de carne
Bom e cheio de charme, igualzinho é o corpo seu
Minha terra fértil quero plantar e colher
Semear em você a semente do meu amor
Que venham frutos saudáveis e fortes
Você é a própria sorte que Deus me enviou
Nascestes um dia como eu também nasci
Cresceu e eu cresci e aprecio o seu charme
Você é a beleza, eu sou amor e as razões
Dos nossos corações serem morangos de carne
O meu coração é um morango de carne, sim
Como o seu é para mim, minha louca paixão
Que eu quero colher e plantar eternamente
No seu corpo a semente que vem do coração
É desejo, é amor, e querer que eu guardo no peito
Tudo lindo e perfeito como é o seu charme
O seu corpo, a sua vida por quem eu tenho paixão
Entrego o meu coração, que é um morango de carne
Autor: José Nogueira Lima
10/02/2013
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quarta-feira, 13 de julho de 2016
Minha terra
Eu quero voltar a viver na minha terra
De onde eu saí e nunca mais voltei
Rever os amigos e lembrar a infância
Tempos de criança, que não esquecerei
Acordar cedinho e sentir o cheiro do mato
Ainda no quarto o cheirinho do café
No fogão a lenha uma broa de milho
A mãe do meu filho dizendo que me quer
Levantar da cama e ver o sol nascer
Ver o gado berrando preso no curral
E a
passarada orquestrando uma canção
O galo ciscar o chão e cantar no quintal
Ver a porcada comer no chiqueiro
O moinho que gira e não pode parar
O caldo da cana no engenho correr
Dele vou beber e ver o monjolo socar
Depois cavalgar livre, como é o vento
Parar numa fonte e matar minha sede
Sentar numa sombra e curtir a natureza
Pescar numa represa e descansar numa rede
Juntar os amigos, abraçar a viola
Cantar uma canção e ver o sol se por
Eu trago guardado no meu coração
O meu grande chão, terra que me criou
Autor: José Nogueira Lima
12/04/2013
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