domingo, 24 de julho de 2016

Pelas mulheres

Pra ter mulher
Eu corro qualquer perigo
Desafio qualquer inimigo
Em qualquer situação
No escuro da estrada
Sem medo da madrugada
Pular cerca e muro é bão

Por uma delas
Já dei golpe de machado
Escapei de ser linchado
No fundo de um armário
Por amar quem outro ama
Já escondi embaixo da cama
Igual pinico de otário

Pelas mulheres
Deito tarde e acordo cedo
Já matei o medo de medo
E o vizinho de paixão
Seu juiz e delegado
Este amor não é roubado
São as mulheres que me dão

Por ser chegado
Eu já vi a coisa preta
Já vi um cano de escopeta
Encostado no ouvido
Já deixei calça e cueca
Já pulei igual perereca
Já corri igual bandido

Por todas elas
Não tenho medo da morte
Elas são a minha sorte
Não importa onde estão
Não tem macho que me para
Não tenho medo de bala
Nem de tiro de canhão

Para as mulheres
Sou um masculino eterno
Quando morre se for pro inferno
O capeta vai me expulsar
De medo de ser chifrudo
Ele sabe que eu não mudo
Não vai querer me mudar

Autor: José Nogueira Lima
08/04/2013

letrarabiscada@gmail.com

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